Em formações com
coordenadores, ouvi de muitos deles relatos de ações que realizavam na
escola e que, para mim, não deveriam integrar suas rotinas. Entre elas,
estava ajudar na parte administrativa, organizar eventos, trabalhar como
professor de apoio, acompanhar alunos em atendimento médico, organizar
horários de uso da biblioteca, substituir docentes em caso de falta…
Eram inúmeras responsabilidades que tomavam quase todo o tempo desses
profissionais.
Percebi que, dentro da escola, é comum o
coordenador pedagógico construir sua rotina com diversas atividades que
não fazem parte da sua função. Ele se torna uma espécie de "faz-tudo” e
se distancia de seu verdadeiro papel: formar professores. Isso acontece
quando o profissional não tem clareza sobre quais são exatamente suas
atribuições na instituição.
Definindo o papel do coordenador
Para
evitar que o coordenador assuma funções fora do seu foco, é preciso,
então, construir uma rotina compartilhada com a equipe
http://gestaoescolar.abril.com.br/pdf/blog-coordenadoras-rotina-de-trabalho-edua
rda-mayrink.pdf. A partir do momento que os seus deveres se tornam
claros para todos, ele começa a assumir o seu papel de formador.
O
meu dia a dia, por exemplo, não é fácil, porque cumpro 24 horas
semanais na escola como coordenadora e tenho que me desdobrar para
realizar minha função, tentando me desviar o mínimo possível do meu
objetivo. Minha rotina é conhecida por todos, da direção aos
funcionários da biblioteca, e eu prezo por cumpri-la. Para fazer isso,
estabeleço um plano de trabalho em função da formação dos professores,
prevendo reuniões, observação de sala e momentos de estudos pessoais.
É
claro que, vez ou outra, surge algum problema e eu preciso realizar
algumas ações que fogem da minha alçada. Mas fico atenta para depois
retomar o rumo previsto.
Parceria com a direção
Um dos fatores
que contribui e muito para cumprir meu papel é a parceria com a gestão
da escola. Tenho um diálogo constante com o diretor e informo todas as
ações pedagógicas que estão sendo desenvolvidas, o que os professores
estão realizando em sala, quais são os resultados de aprendizagens dos
alunos e quais conteúdos estão sendo discutidos nas formações. Acredito
que, quando essa parceria não acontece, tudo se torna mais difícil.
Outro
fator importante é o contato direto com outros coordenadores. Costumo
realizar e planejar reuniões de formação em parceria, trocar
experiências, inquietações, saberes, estudos e reflexões e analisar
materiais com meus colegas de outras escolas. Tudo isso nos ajuda a
construir a nossa função de formadores. Procuro manter essa relação
viva.
Enfim, a busca por nosso papel dentro da escola deve ser
uma preocupação constante. Portanto, gerenciar, coordenar, formar,
acompanhar, estudar, articular, transformar, refletir, compreender,
escutar, informar, organizar, planejar e avaliar são palavras que devem
estar muito presentes no nosso dia a dia.
http://gestaoescolar.abril.com.br/blogs/coordenadoras/2014/05/29/o-q
ue-e-e-o-que-deveria-ser-o-trabalho-do-coordenador-pedagogico/
Fonte: Revista Gestão Escolar - Eduarda Mayrink
terça-feira, 24 de junho de 2014
O QUE É E O QUE DEVERIA SER O TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
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